Manifestação Nacional de Jovens Trabalhadores
O SINTAF esteve no BNP-PARIBAS a dinamizar a Manifestação Nacional de Jovens Trabalhadores a realizar no próximo dia 27 de Março de 2024. É importante a participação dos jovens na manifestação, na luta por um futuro melhor. Um futuro sem trabalho precário. Um futuro com redução de horários de trabalho para dar tempo à família. Um futuro com salários que dignifiquem os trabalhadores mas também a economia real. Estas são as portas que Abril abriu.
Greve na CGD dia 01 de Março de 2024
GREVE DIA 1 DE MARÇO NA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
É importante demonstrar à administração da CGD, o descontentamento dos trabalhadores, face à perda de poder de compra que tivemos devido ao aumento da inflação, mas também perante o aumento das taxas de juro, que fizeram subir as prestações dos créditos.
Espera-se que a CGD apresente um resultado líquido de MIL MILHÕES DE EUROS. Aumentos para os trabalhadores de 3,25%!!!!
TUDO SUBIU, A CONTA DO SUPERMERCADO, LUZ, ÁGUA, GÁS, PRESTAÇÃO DA CASA, CRÉDITOS PESSOAIS.
OS SALÁRIOS NÃO ACOMPANHARAM = PERDA PODER DE COMPRA.
Esta perda do poder de compra afeta a qualidade de vida dos trabalhadores e suas famílias.
Só com salários dignos e justos é que a economia do nosso País pode avançar. Baixos salários é o nivelamento por baixo de economias pequenas.
Qual a justificação para o enorme fosso entre os salários da administração e dos trabalhadores?
DIA 1 DE MARÇO VAMOS PARALIZAR A CGD, ADERE À GREVE.
VAMOS DEMONSTRAR O DESCONTENTAMENTO, QUE É REAL.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.
Intervenção de Nuno Matos Coordenador do SINTAF no XV Congresso da CGTP
Intervenção de Nuno Matos Coordenador do SINTAF no XV Congresso da CGTP
Bom dia, em nome da Direcção do SINTAF - Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira, saudações ao congresso e a todos os presentes.
Sou trabalhador da banca e dirigente do SINTAF.
A banca em Portugal tem 11 milhões de lucro por dia. Mas estes milhões não são para melhorar a vida dos trabalhadores da banca, quando se fala em aumentos salariais, ou melhorias das condições de trabalho, vem de imediato a resposta das dificuldades de mercado que o setor atravessa e da crise que se avizinha. O exemplo é a actual proposta de actualização salarial, apresentada por os bancos, de uns vergonhosos 2%.
A banca é um setor que tem apostado nas novas tecnologias e na digitalização, mas esta digitalização serve para despedir trabalhadores (mais de 16 mil desde 2010), redução do número de balcões (-2 mil desde 2010), o que tem provocado uma deterioração da qualidade do serviço prestado pela banca ás populações, hoje ir ao banco é sinónimo de filas de espera, ou marcação para atendimento uns dias mais á frente, ou até meses.
A digitalização deveria de ser uma forma de redução da carga laboral bem como do número de horas a trabalhar, funciona exactamente ao contrário.
Com a digitalização a banca passou a cobrar mais taxas e aumentou-as. O CEO do Millennium reconheceu que essas taxas aguentaram a banca durante a pandemia, taxas que são cobradas por a utilização das APP ou do home banking, bem como em cada pagamento que é feito por cartão (visa ou MB), actualmente as taxas e comissões são o negócio da banca.
Estas taxas representam 7 dos 11 milhões por dia que a banca lucra, o restante é a diferença dos juros que cobram nos empréstimos e não pagam na remuneração de contas ou aplicações, e que também não pagam ao BCE quando vão pedir dinheiro. Só o valor das taxas cobre (e sobra) os custos de produção. Quanto ao valor dos juros cobrados em 2023 subiram 90% em relação a 2022, e os lucros aumentaram bastante em 2023. O crédito concedido manteve-se nos níveis de 2022.
Em Portugal também temos a mais baixa taxa de transformação da Europa, que em Portugal é de 79%, ou seja, para cada 100 euros depositados só 79 são emprestados. Quando se diz que a banca é o motor ou alavanca da economia Portuguesa, não será bem isso, até porque a grande maioria destes lucros gerados em Portugal vão para o Estrangeiro, visto que só a CGD e o Montepio são de Portugal os restantes são consórcios estrangeiros. Só com o controlo publico da Banca, e ao serviço do Povo e do País podemos realmente avançar, porque estes muitos milhões de lucro seriam postos no Orçamento de Estado, aliviando a carga fiscal, e poderia o Estado dar verdadeiras ajudas aos empresários Portugueses. Alguém sabe onde está o Banco de Fomento? O que faz?
A CGD detida a 100% por o estado Português deveria funcionar como reguladora do mercado, ajudar o Povo e as empresas Portuguesas, mas funciona exactamente como a restante banca, não entrando em concorrência, temos que nos lembrar que a banca em Portugal foi condenada (2022) a pagar uma pequena multa de 225 milhões de euros por cartelização, ou seja combinarem entre si as regras do jogo e falsearem as regras da concorrência.
Por outro lado, neste mar de lucros temos os trabalhadores a afogarem-se, vejamos:
- Em 2021 inflação de 1.3% aumentos de 0.5% para trabalhadores e 1.7% para as administrações.
- Em 2022 inflação de 8,1% aumentos de 1.1% para os trabalhadores e 20% para as administrações.
- Em 2023 inflação média de 5.3% aumentos de 4.5% para os trabalhadores, para as administrações só conseguimos saber depois do fecho de contas do ano, mas tudo indica….
Isto depois de quase uma década sem aumentos e sempre a perder poder de compra. Mas com aumento de horas de trabalho, não remuneradas.
O CEO do Millennium em 2022 recebeu um total (anual), de 1.782.342,00€ mais 88,2% que em 2021, mas aos trabalhadores em 2023 recusou dar mais que 3%, o aumento mais baixo de toda a banca.
Para tudo isto a banca conta a prestimosa ajuda de umas associações que se autointitulam de sindicatos, uns dizem-se independentes e outros ligados a UGT. Todos interessados em tratar da saúde aos bancários. O assédio, a cada vez maior precariedade do emprego na banca através do outsourcing, os baixos salários, o agora chamado burnout, nada interessa, só o valor para o SAMS (saúde) é que importa.
Com persistência, organização e luta o SINTAF continuará, enquanto sindicato de classe a combater a política dos banqueiros e a defender os trabalhadores.
A Luta Continua
Seixal, 24 de Fevereiro de 2024
Interjovem - Pintura de mural alusivo aos 50 anos do 25 de Abril
Com a participação de dois elementos do SINTAF a interjovem e a Secretária Geral da CGTP inauguram mural alusivo ao 25 de Abril.
Esmolas no BPI
O SINTAF teve conhecimento através da comunicação social, que o Banco BPI prepara-se para, neste mês de Fevereiro dar uma ajudinha aos seus trabalhadores que têm salários baixos, reconhecendo que o problema existe, mas não é com ajudinhas pontuais que o problema se resolve. É com aumentos efectivos dos ordenados para que esses trabalhadores e suas famílias possam ter uma vida digna.
Fica assim, ainda mais, incompreensível a posição do Banco BPI quanto aos aumentos para este ano de 2024, onde acompanha a restante banca com a proposta miserável de 2%, quando apresentam lucros fabulosos e recordistas.
Foram estes trabalhadores, que necessitam desta ajudinha da administração do Banco BPI, que produziram esses lucros fabulosos e que vão engrossar a economia de Espanha maioritariamente.
Riqueza produzida em Portugal, mas que o nosso país nada ganha.
Portugal e os trabalhadores Portugueses a serem explorados, empobrecendo cada vez mais.
Somos cidadãos europeus que merecem mais respeito e reconhecimento do trabalho que produzimos, e não continuar a viver de migalhas.
Para quando trabalho igual e justo para todos os Europeus?
Lucros vs baixos salários na banca.
Lucros vs baixos salários na banca
Comunicado da Direção do SINTAF
Estamos a assistir à apresentação, por parte da banca em Portugal, de lucros record, com as margens financeiras a crescerem, sem que as Administrações dos bancos façam referência ao empenho dos seus trabalhadores e ao muito bom trabalho desenvolvido que levou a estes resultados. Como a maioria dos bancos a operar em Portugal são estrangeiros (só a CGD e MG são Portugueses), estes lucros record vão para fora do País, riqueza gerada em Portugal, mas que vai para outras economias.
Os trabalhadores que produzem estes lucros, não recebem o justo reconhecimento pessoal ou remuneratório.
Se à uns anos atrás a banca era considerada um sector atractivo, com um bom nível salarial, actualmente já não se pode considerar o mesmo.
Basta vermos as tabelas salariais que estão publicadas (BTE – Boletim do Trabalho e Emprego), vemos que com a última actualização do salário mínimo em Portugal, os quatro (4) primeiros níveis dessa tabela foram engolidos, sendo esta uma demonstração prática do nivelamento por baixo dos salários na banca. E consequente diminuição da qualidade de vida destes trabalhadores.
As administrações da banca estão muito satisfeitas e dão bons bónus a elas próprias, mas aos restantes obreiros desses bons resultados? NADA.
Estes lucros record são também o espelho de todo o trabalho feito, por todos os trabalhadores da banca.
Para premiar este excelente desempenho a banca propõe, uns vergonhosos, 2% de aumento!!!
Quando estamos a assistir a perda de poder de compra (voltamos a insistir), por parte dos trabalhadores bancários já a alguns anos, devido a aumentos desajustados.
Esta situação tem de mudar, os trabalhadores merecem ter vidas dignas e proporcionar essa vida às suas famílias.
Não são só os administradores bancários e suas famílias que têm direito a essas vidas dignas.
Sindicaliza-te no Sindicato de classe, que luta por toda a classe bancária.
Junta-te ao SINTAF
A luta unida tem mais força, pela dignificação das nossas vidas.
A Direção
Concentração 29 de Novembro de 2023 junto Assembleia da República
Concentração junto à Assembleia da República por ocasião da votação final do Orçamento do Estado.
O SINTAF juntou-se aos trabalhadores e suas famílias, reformados e pensionistas, jovens e outras camadas da população, pelo aumento dos salários e pensões, pelo direito à habitação, pelo direito à saúde e o Serviço Nacional de Saúde, pela defesa e fortalecimento dos serviços públicos, na exigência de um outro rumo para país.
O SINTAF salienta que os rendimentos dos trabalhadores da actividade financeira continuam a ser degradados pela inflação. Estes trabalhadores são diariamente confrontados com assédio, responsabilidades acrescidas incompatíveis com os baixos salários auferidos. Estes trabalhadores lidam diariamente com milhões e recebem mensalmente uns tostões, enfrentam todos os dias más condições trabalho onde o Estado falha com eles na sua obrigação inspectiva, como é o caso crónico das horas extraordinárias realizadas não pagas de forma reiterada e sistemática pelo setor financeiro.