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Intervenção SinTAF na Manifestação de 13 de Julho na manifestação dos bancários.
 
Em nome do SINTAF, deixo uma calorosa saudação a todos os aqui presentes, que tiveram a coragem de se manifestar publicamente pela defesa dos seus direitos.
 
A situação que hoje se vive no sistema financeiro em Portugal, principalmente no sector bancário, é motivo de revolta.
 
Até quando vamos nós, trabalhadores, ter de continuar a pagar as consequências desta gestão ruinosa?
Desde 2009 até agora, em nome do desenvolvimento tecnológico, da modernização e da banca digital, despediram mais de 16 mil trabalhadores e fecharam mais de 2 mil e 600 balcões.
 
De Crise em crise, a banca procurou resolver os problemas sempre à custa dos mesmos:
Dos clientes e dos trabalhadores!
 
O que as administrações destes bancos não querem assumir é: Que a banca portuguesa, alavancou depósitos e se endividou para além de todos os limites.
 
Que a banca portuguesa, concedeu créditos de elevado risco, E que a banca portuguesa, aplicou fundos na especulação bolsista, transformando poupanças em activos tóxicos.
 
Estes sim, são os principais problemas da banca portuguesa, não são os custos com os seus trabalhadores!
 
Aliás, não é por razões económicas que os bancos estão a despedir, mas sim por razões políticas, até porque como todos sabemos, muito antes da pandemia e com lucros significativos, já a banca despedia milhares de trabalhadores!
 
Basta de desculpas esfarrapadas!
 
Os bancários estiveram sempre na linha da frente, a trabalhar principalmente na rede comercial.
Não estiveram confinados! Estiveram e estão sempre no atendimento ao público, com coragem e determinação durante a pandemia.
 
Mas
Como se não bastasse a Pandemia
Como se não bastasse a pressão dos objectivos comerciais
Como se não bastasse o trabalho extraordinário não pago
Como se não bastasse os aumentos salariais insultuosos de zero virgula qualquer coisa, ano após ano
Como se não bastasse o assédio
Como se não bastasse a chantagem para que os bancários não exerçam o seu dever na maternidade e parentalidade
Como se não bastasse o ritmo de trabalho alucinante
Como se não bastasse a transferência compulsiva
Como se não bastasse a despromoção
Como se não bastasse o teletrabalho
Como se não bastasse a retirada da isenção de horário
Como se não bastasse o stress e a depressão
 
Vêm agora as Administrações da maioria bancos, à boleia do COVID, e aproveitando um momento difícil para a vida dos trabalhadores bancários e das suas famílias, pôr em marcha novos planos de reestruturação.
É escandaloso: Montepio, MilleniumBCP, SantanderTotta, Novo Banco, BPI, e sabemos que outros irão avançar pelo mesmo caminho.
 
Sempre sob a ameaça do despedimento colectivo, estas Administrações querem reduzir mais uns milhares de trabalhadores bancários através das alegadas Rescisões por Mútuo Acordo, e reformas antecipadas.
 
Rescisões por Mútuo Acordo Impostas, que não são mais do que um despedimento colectivo encapotado!
 
É a política do “Ou vais, ou vais!”
 
Não podemos permitir que este ataque continue!
 
A luta é o caminho mais seguro para travar o ataque aos nossos direitos.
 
Exige dos sindicatos, muita firmeza e determinação!
 
Chegou a hora de dar voz aos trabalhadores do sector financeiro Chegou a hora de dizer basta!
 
Chegou a hora de dar uma resposta firme aos nossos opressores
 
Só com uma demonstração de força poderemos ser ouvidos, o caminho é endurecer a luta!
 
O Sintaf está disposto a desenvolver todas as formas de luta, correspondendo assim às propostas, às solicitações e ao crescente sentimento transmitido pelos trabalhadores dos diversos bancos.
Desenvolver todas as formas de luta, incluindo a greve geral do sector,
 
Porque o medo não pode ficar com tudo!
Porque a dignidade não tem preço!
A luta tem de continuar!

Rute Santos (Coordenadora do Sintaf)
13/07/2021(Na imagem)
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Lutar por melhores condições de vida e trabalho.

O trabalho e os trabalhadores têm de ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
É o primeiro acto de participação sindical de um trabalhador.

Ter voz activa nos locais de trabalho e na sociedade

O SINTAF possibilita aos trabalhadores seus associados ter uma voz activa capaz de representar e defender o colectivo de trabalhadores.
O desequilíbrio existente na relação de forças entre a administração e os trabalhadores é reduzido se estes estiverem sindicalizados.

Combatemos a precariedade

Os trabalhadores com vínculos precários vivem entre o despedimento fácil e a não renovação do contrato de trabalho - são vítimas de ameaças constantes - sujeitos a diversos constrangimentos, chantagens e perseguições - estão mais expostos à exploração laboral e a salários mais baixos. Trabalham e vivem com medo de serem substituídos. A resolução dos problemas dos trabalhadores passa pela sua unidade, organização e pela contratação colectiva que o SINTAF propõe.