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Comissão Trabalhadores do Montepio reconhece justeza na proposta de ACT do SinTAF

Com a divulgação por parte dos Sindicatos, de parte dos avanços das negociações, a Comissão de Trabalhadores, não compreende como um acordo desta natureza excecional, como é o de um Acordo de Empresa, não seja encarado como algo também excecional e seja tratado como uma comum e banal negociação, sem que para isso sejam ouvidos os visados nesse mesmo acordo, os trabalhadores afetados e as suas estruturas representativas internas, designadamente, a sua Comissão de Trabalhadores.

O que se pretende é que os intervenientes coloquem em cima da mesa de forma transparente as suas propostas, contrapropostas, avanços e recuos, APELANDO-SE, que seja dada visibilidade as matérias negociadas.

Recentemente apelámos junto do Conselho de Administração da CEMG, para que a Comissão de Trabalhadores, únicos representantes de TODOS OS TRABALHADORES DA CEMG, estivessem na mesa das negociações. Aguardamos que tal venha suceder, até porque não conhecemos o texto atual em negociação.

Os Sindicatos, entenda-se SBN, SBC SBSI e SNQTB, excluindo-se o SIB (de quem não conhecemos uma única palavra sobre o tema) e o SinTAF (que apresentou e tornou pública a sua proposta de Acordo), preparam-se para aprovar um instrumento de regulação laboral (posteriormente extensivo aos não sindicalizados) que suscita imensas questões.

É ainda referido no mesmo comunicado que:

A Comissão de Trabalhadores reconhece que a proposta apresentada pelo SinTAF, conhecida e divulgada pelos trabalhadores, é a ÚNICA que merece o nosso acolhimento, como ponto de partida negocial, pelo facto de:

Integrar a Circular 1243 no seu articulado

Resolver a questão da tabela salarial interna e a sua APLICAÇÃO A TODOS OS TRABALHADORES

Várias serão as divergências, contudo, numa ÚNICA mesa negocial, com o compromisso de tentar alcançar o melhor para os trabalhadores, APELAMOS:

Que o Conselho de Administração da CEMG torne público, no contexto dos trabalhadores, as propostas de Acordo.

Que a submeta a aprovação prévia dos trabalhadores, através de um processo claro e informativo das necessidades/ objetivos e consequências do Acordo.

Finalmente no mesmo documento a CT apela aos trabalhadores da CEMG:

Não se demitam das responsabilidades individuais e coletivas inerentes a um processo desta natureza. Legitimem esta expressão/apelo da CT para a urgência de tornar tudo isto claro.

Reforcem junto dos intervenientes nas negociações, a pretensão de uma Mesa Negocial Única, sem protagonismos coletivos ou individuais.

Intervenham junto dos seus Sindicatos para que atentem às especificidades do Montepio e da sua organização normativa.

O Conselho de Administração da CEMG decidiu encetar este caminho apenas com alguns Sindicatos. Reafirmamos a convicção de que o deveria ter feito com a inclusão da CT.

Caso os Sindicatos persistam na ideia de não conceder espaço negocial, com respeito pelas competências das organizações sindicais e da Comissão de Trabalhadores, APELA-SE:

Retirem-se de cima da mesa as propostas e contrapropostas do Montepio e dos Sindicatos da FEBASE e SNQTB e discutamos a proposta do SinTAF, única que é pública, agregadora, estruturante e inclusiva.

Nota: Os sublinhados e as partes a negrito são de nossa responsabilidade.

Lutar por melhores condições de vida e trabalho.

O trabalho e os trabalhadores têm de ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
É o primeiro acto de participação sindical de um trabalhador.

Ter voz activa nos locais de trabalho e na sociedade

O SINTAF possibilita aos trabalhadores seus associados ter uma voz activa capaz de representar e defender o colectivo de trabalhadores.
O desequilíbrio existente na relação de forças entre a administração e os trabalhadores é reduzido se estes estiverem sindicalizados.

Combatemos a precariedade

Os trabalhadores com vínculos precários vivem entre o despedimento fácil e a não renovação do contrato de trabalho - são vítimas de ameaças constantes - sujeitos a diversos constrangimentos, chantagens e perseguições - estão mais expostos à exploração laboral e a salários mais baixos. Trabalham e vivem com medo de serem substituídos. A resolução dos problemas dos trabalhadores passa pela sua unidade, organização e pela contratação colectiva que o SINTAF propõe.